domingo, 4 de março de 2012

Bloco de Armando Monteiro na hora da decisão .




Dirigentes de oito partidos irão analisar uma lista de nomes para escolher um candidato para fazer frente a João da Costa

Publicado em 03/03/2012


Do Jornal do Commercio



Se a visita da presidente Dilma Rousseff ao Recife, no início da semana que passou, serviu para fortalecer a gestão do prefeito João da Costa (PT) e alavancar sua candidatura à reeleição, também agitou o lado dos que defendem o lançamento de uma candidatura alternativa da Frente Popular à Prefeitura do Recife. Menos de uma semana depois da passagem de Dilma pela capital, dirigentes de oito partidos da ala governista – PTB, PSC, PDT, PP, PCdoB, PRB, PV e PSD – intensificaram os contatos individuais, e amanhã fazem a primeira reunião ampliada, com a presença de representantes de todas as siglas. Preocupados com o reforço recebido por Costa, eles colocarão sobre a mesa uma lista preliminar de nomes para analisar quem teria potencial para fazer frente ao prefeito nas urnas de outubro.

A reunião acontece no mesmo dia em que o governador Eduardo Campos (PSB) deverá conversar com o ex-presidente Lula, em São Paulo, a respeito do impasse criado no PT que tem impedido a consolidação da candidatura de João da Costa e, com isso, estimulado a divisão do bloco governista. Do outro lado, a ordem é ampliar a ofensiva em favor de uma nova opção.

“O nome colocado (de João da Costa) não une a Frente Popular, e, enquanto o PT não chega a um consenso, não podemos ficar esperando. Temos recebido cobranças das bases dos partidos”, justifica o deputado Carlos Eduardo Cadoca (PSC), anfitrião do encontro de amanhã – marcado para as 11h30, em seu escritório político – e um dos nomes cotados pelo grupo para a disputa.

Embora petistas e socialistas não tenham sido convidados para a reunião, o primeiro passo no sentido de ampliar o leque de opções da Frente Popular foi dado pelo PSB, ainda no ano passado, ao articular a transferência do domicílio eleitoral do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), de Petrolina para o Recife, ao final do prazo legal para quem pretende disputar as eleições. A explicação oficial de que teria sido uma “iniciativa pessoal” do ministro não convenceu, e terminou servindo como pontapé inicial da discussão sobre a tese das múltiplas candidaturas na frente.

Leia entrevista completa com Armando Monteiro na edição do JC.