quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

''Não somos um novo G I '' ,diz Armando ao explicar articulação do PTB .

Frente Popular
Em entrevista, líder trabalhista destaca busca de nome alternativo ao de João da Costa na Frente Popular
Publicado em 26/01/2012,
Em nova demonstração de que não pretende ficar à espera de uma definição do PT e do governador Eduardo Campos (PSB) sobre o processo sucessório no Recife, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) saiu nesta quarta (25) em busca de mais uma liderança da Frente Popular – Cadoca (PSC) –, a fim de fortalecer a tese de uma candidatura alternativa à do prefeito João da Costa (PT). Ele fez questão de frisar que o grupo não é dissidente da frente governista. “Não queremos criar um novo GI”, disse. Leia trechos da entrevista:
CANDIDATURAS
“Temos que esgotar esse processo de consulta e troca com todos os partidos. Cada vez mais se amplia a percepção dos demais partidos da Frente de que realmente temos que buscar alternativas. Tudo isso porque temos a constatação óbvia de que aquele que seria o candidato natural, que é o atual prefeito que pertence a um partido que já está há 12 anos na Prefeitura, tem revelado dificuldades para aglutinar outras forças. E o próprio PT tem tido dificuldades de conduzir o processo internamente.”
DIÁLOGO 
“Veja que o PTB sempre procura dialogar com os demais partidos. Não vamos para a mesa colocando nomes do PTB. Não há aqui candidatura do PTB para ser oferecida. O que há é o seguinte: todos concordam com a tese de múltiplas candidaturas? Então vamos tentar construir uma alternativa comum.”
SEM GI
“Não tem nada de GI. Primeiro que esse grupo não é independente, mas tem revelado uma interdependência da Frente. O GI era uma dissidência afirmada publicamente. Aqui, firmamos a posição de interdependência, ou seja, estamos procurando vários partidos da Frente para tentarmos construir uma alternativa comum. Aliás, para oferecer uma alternativa à própria Frente.”
O GOVERNADOR
“É evidente que o governador, na condição de líder, estará, em algum momento, chancelando esse processo. Mas entendo que ao próprio governador interessa que o processo flua para avaliar a expressão dessas forças.”
CONFLITO
“Há algumas pessoas que podem achar que estamos confrontando o comando do governador. Eu sempre acho que todo partido tem um grau de liberdade, uma identidade e uma autonomia. Agora, os interesses do partido não podem se sobrepor aos interesses do conjunto. Veja que nesta semana o PTB acabou declarando apoio ao candidato do PSB, em Cabrobó (Sertão)”.
PARA LEMBRAR: O QUE FOI O GI
Em 2003, a antiga União por Pernambuco, aliança que dava sustentação ao então governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), sofreu baixas após a criação do chamado “Grupo Independente” (GI). Insatisfeitos com a falta de espaço político na administração do peemedebista, um grupo deputados federais criou a dissidência, enfraquecendo a Frente jarbista.
O GI visava conquistar a Prefeitura do Recife em 2004 para, em 2006, disputar o governo do Estado em 2006 – o candidato a goevrnador seria Armando. Mas a dissidência começou a fracassar quando não conseguiu eleger Joaquim Francisco prefeito do Recife em 2004.
OS DEPUTADOS FEDERAIS QUE FORMAVAM O GI:
Armando Monteiro Neto
Roberto Magalhães
Joaquim Francisco
José Múcio
José Chaves
Luiz Piauhylino