O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) já teve oportunidade de dizer numa entrevista que o DEM, para sobreviver como partido político, deveria se assumir como “partido de direita” porque os outros campos já estão ocupados.
E, ontem, numa entrevista ao jornal “O Globo”, ele foi ainda mais enfático. Textual: o DEM (que perdeu 13 deputados federais para o PSD) está pagando pelo fato de ser satélite o tempo todo. Nunca se dispôs a ter candidato próprio a presidente da República, ser ator principal. Sempre se comportou como partido acessório do PSDB. Ou isso muda ou o DEM vai continuar ladeira abaixo até o seu sumiço completo”.
Guardadas as devidas proporções, foi o que já ocorreu em Pernambuco. Desde que o PFL se aliou ao PMDB em 1998, deixando de lançar candidato próprio à prefeitura do Recife e ao governo estadual, nunca mais acertou o passo. E está a caminho da extinção. Sou tem uma chance de sobrevida se a ex-deputada Miriam Lacerda vencer a eleição para a prefeitura de Caruaru.