domingo, 26 de fevereiro de 2012

Aliados de sérgio Xavier atacam Edilson Silva .


Divergências no movimento liderado por Marina Silva crescem, em Pernambuco, com o embate entre líderes do PSOL e PV


Publicado em 25/02/2012


Juliane Menezes


Diante dos desentendimentos entre Sérgio Xavier (PV) e Edilson Silva (PSOL), que estariam impedindo a formalização do Movimento Nova Política em Pernambuco, fundadores e membros da cúpula nacional do grupo liderado por Marina Silva (ex-PV) saem em defesa de Xavier.

A discussão originou-se do fato de que Edilson considera incoerente que membros do Nova Política façam parte do governo Eduardo Campos (PSB), que ele julga não ser comprometido com questões ambientais (devido a questões como o desmatamento em Suape e o projeto de construção de uma usina termelétrica no Estado), e ser pautado por uma “velha política” . Tal afirmação atinge diretamente Xavier, que é secretário estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade, e Roberto Leandro (PV), gerente geral da mesma secretaria.

“A nossa entrada no governo Eduardo foi apoiada por Marina Silva e submetida a 15 pontos programáticos que já estão sendo cumpridos ”, reagiu Roberto Leandro. Ele ainda afirmou que embora Edilson tenha participado da primeira reunião nacional do Nova Política, não fez parte do processo de criação do movimento. “Não pode chegar criando critério. Velha política é esse tipo de prática sectária e desleal”, atacou.

Para Maurício Brusadin (sem partido), um dos fundadores e membro da cúpula nacional do movimento, ainda é muito cedo para que o líder do PSOL faça tais questionamentos, visto que ele sequer foi formalizado no Estado. “Estamos primeiro tentando achar os pontos de convergência. Quando o movimento for lançado ele poderá se posicionar dentro das reuniões”, afirmou. Brusadin lembrou ainda que o movimento é suprapartidário, e que Xavier foi uma das pessoas que apoiaram que o movimento seja aberto à participação de políticos de situação e de oposição.

Alfredo Sirkis (PV-RJ), também membro fundador da cúpula nacional do Nova Política, também foi crítico: o movimento deve buscar pontos em comum para congregar seus membros. “Trata-se de um ambiente de convívio. Se for para Edilson ser hostil, é melhor que se retire”, disparou.

Procurado pelo JC, Sérgio Xavier preferiu não se pronunciar.