A longa espera e a grande expectativa pela definição dos candidatos a
prefeito do Recife que concorrerão à eleição neste ano só é comparável ao
processo sucessório de 1996, quando o suspense ficou por conta da escolha do
candidato também da Frente Popular como acontece agora. Naquele ano, o
governador Miguel Arraes foi o ultimo a definir o candidato a prefeito pela
Frente, Roberto Freire (PPS), que ficou em quinto lugar com 22.065 votos.
Jarbas Vasconcelos (PMDB), prefeito do Recife, já integrava a aliança União
Por Pernambuco, iniciada em 1994, e a União pelo Recife elegeu Roberto
Magalhães, então PFL, com 317.625 votos.
De lá prá cá, este grupo amarga um jejum de 12 anos fora do poder
municipal, período em que o PT se instalou na Prefeitura do Recife. O curioso
é que nestes 16 anos que separam 2012 de 1996, o cenário político quase não
mudou em termos de personagens. As figuras máximas dos anos 90 eram Arraes,
que já caminhava para o declíneo, e Jarbas que iniciaria o seu período de
maior destaque a paratir de 1998.
Agora, o governador Eduardo Campos, neto e cria política de Arraes, é
quem comanda a cena, secundado por Jarbas com quem iniciou uma reaproximação
depois de anos de uma ferrenha inimizade política. A grande diferença é que
hoje a oposição está reduzida à expressão mais simples e praticamente todos
os grupos políticos dependem de uma maneira ou de outra do governador,
sobretudo o PT, que se ancora na aliança com Eduardo para ganhar a eleição
para prefeito do Recife.
Escrito por Magno Martins.
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domingo, 13 de maio de 2012
Pernambuco : Circulo vicioso .
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