domingo, 13 de maio de 2012

Pernambuco : Circulo vicioso .


De Marisa Gibson, na coluna Diario Político de hoje:
A longa espera e a grande expectativa pela definição dos candidatos a prefeito do Recife que concorrerão à eleição neste ano só é comparável ao processo sucessório de 1996, quando o suspense ficou por conta da escolha do candidato também da Frente Popular como acontece agora. Naquele ano, o governador Miguel Arraes foi o ultimo a definir o candidato a prefeito pela Frente, Roberto Freire (PPS), que ficou em quinto lugar com 22.065 votos. Jarbas Vasconcelos (PMDB), prefeito do Recife, já integrava a aliança União Por Pernambuco, iniciada em 1994, e a União pelo Recife elegeu Roberto Magalhães, então PFL, com 317.625 votos.
De lá prá cá, este grupo amarga um jejum de 12 anos fora do poder municipal, período em que o PT se instalou na Prefeitura do Recife. O curioso é que nestes 16 anos que separam 2012 de 1996, o cenário político quase não mudou em termos de personagens. As figuras máximas dos anos 90 eram Arraes, que já caminhava para o declíneo, e Jarbas que iniciaria o seu período de maior destaque a paratir de 1998.
Agora, o governador Eduardo Campos, neto e cria política de Arraes, é quem comanda a cena, secundado por Jarbas com quem iniciou uma reaproximação depois de anos de uma ferrenha inimizade política. A grande diferença é que hoje a oposição está reduzida à expressão mais simples e praticamente todos os grupos políticos dependem de uma maneira ou de outra do governador, sobretudo o PT, que se ancora na aliança com Eduardo para ganhar a eleição para prefeito do Recife.
Escrito por Magno Martins.